Quatro meses pensando, Sete horas se preparando, Quinze minutos elaborando E dez segundos para desistir. Busco Vêem Qualidade Onde Não Tem. Sinceridade-recalque. Silêncio desonesto. Será que ninguém vê? O amor é cego. Quem dera eu amar. Vitória Fava *em processo da Antropofrei
Categoria: Vitória Fava
Três no Barro
Três
Passos para a gente
Sente mais uma hora
Nada adianta ouvir
O forno abriu
o seu nome
Lady-san
De acordo com o público!
Louca
Com o grupo.
Lidera a gente
Num mar de barro.
Caju, canela, caju.
Vitória Fava
*em processo da Antropofrei
A linha
A linha corta
Corta o desenho,
Corta a gravura,
Corta o casamento.
A linha fura
A intimidade,
A naturalidade,
O desejo.
A linha sangra
Sangra o curioso,
Sangra a pele,
Sangra o sangramento.
A linha do globo separa
Corta e sangra.
O casamento, a cabeça e a criança.
Vitória Fava
M de amor
Três no barro
Três
Passos para a gente
Sente mais uma hora
Nada adianta ouvir
O forno abriu
o seu nome
Lady-san
De acordo com o público!
Louca
Com o grupo.
Lidera a gente
Num mar de barro.
Caju, canela, caju.
Vitória Fava
Apoio distante
América,
Europa,
Ásia.
em casa
não.
Beijo
sexo
grito
em casa
não.
No azul
colore
Na filha
apaga.
Vitória Fava
De uma Original e um Metrô
Um beijo inocenteCresce
Cria vida uma cria
Da inocência
Pega, sente e desce
Dorme
Vê a nuvem de álcool
Cheira o bafo do tédio
E vira
Chove
Escorre pelo corpo que anseia
Fode a buceta que atrai
Beija o lábio do inicio
E corre
Temendo
A
Razão
Vitória Fava
O passeio de uma vaca na praça
Você come carne?
Numa bandeja de prata
Só a sua.
Mas deve esperar o abate.
entregue pelo olhar
Eu prefiro viva.
É crime.
me comeu.
Que crime?
Maus tratos.
Socorro.
Mas eu vou te tratar bem.
Vão me levar para o matadouro.
A coleira está nas mãos dele
Já reservaram a sua carne?
Ela será vendida.
e no meu pescoço.
Então eu posso te comprar.
Se der tempo, sim.
Eles estão vindo.
Com certeza eu vou comprar.
E eu voltei, então, para a segurança do matadouro.
Água fervente
Água fervente caiu em sua perna. Esqueceu do atraso, da fome e do cansaço. Se concentrou na dor que escorria pela carne já avermelhada.
Água fervente casou em seu corpo. Casou com o cigarro apagado no antebraço e com a marca do fogão onde esbarrou. Na marcha nupcial se ouvia o pedido de perdão de quem lhe servia o chá.
Água fervente passou por sua calça sintética. Na outra perna ainda tinha o furo que um baseado tinha feito num abraço desajeitado. O remendo malfeito parecia acompanhar o caminho da gota que escorria, com o olhar.
Água fervente caiu em sua perna. Na dor baseou uma conversa, um conto e uma distração para acompanhar o chá.
Vitória Fava
Amava namorarNamorava o amor
A quem namorava
não amava
Sabia o que era amor?