A liberdade de ser e estar
Está cada vez mais cara
Nos país de agronegociadores
Policiais jesuíticos
Dos holofotes
Nascemos peladões
Com pyca buça e cu
Totalmente descobertos
Eis a maravilha!
Do único momento legal judicial da vida
Em que sentimos vento no hemisfério sul do corpo
O preço está tão alto
Que agora estamos no processo inverso
Fechamento do corpo na água benta
Mas convenhamos que
Não há homem que viva
Do terço da reza da castidade
Que não se tentou libertino
Só há puristas católicas
Que condenam a maconha
Apenas porque fumaram
E não bateu
Não há um homofóbico
Que ao lavar o cu depois de cagar
Não tem vontade de dar
A chalana segue…
Dogmatizamos dentro do evangelismo o corpo do outro
Na justificativa profana de termos medo do nosso próprio corpo
Que desce nos trópicos híbridos canibais da libido
Da pyca da buça e do cu
Do cu os maiores
Dedico esse poema
Ao seu tabu
Rafael Abrahão