Sinto-me só. Rodeado, mas só.
Vejo quimeras: estou tresloucado!
Mil alienistas estão ao meu lado
A declamar sentimentos de dó
Pergunto, então, aos do reino condenado:
O que os proteje de um destino em pó?
Com as respostas, aumenta-se o nó
Convenço-me de que fui profligado
Pondero inquieto, franzindo o cenho
Minha confiança é tudo o que tenho!
Por fim, a formosa resposta avança
Trilhar o torpe rumo da paixão
-Quiçá o do mundo antigo, em contramão-
É subsistir à mercê da esperança!
Igor Fialkovits