Eu só quero te encontrar
Eu só quero te falar
Da efemeridade, da banalidade
Da realidade, da comodidade
Da humildade que reina em nosso seio
Da atividade, da nossa mocidade
Da necessidade, da sociedade
Da mortalidade, tá tudo muito feio
Eu só quero te encontrar
Eu só quero te falar
Que o ostracismo político
Que o nosso cismo cínico
Que o nosso canto tímido
Que o homem inibido
Viu-se então vendido
Dentro da comunidade, junto da ansiedade
Revogando a prioridade, imensa a calamidade
Desse mundo
Grande a diversidade, a pluralidade, cidade
De ambiguidade, com passividade
Reina a bondade, mas impera a maldade.
Bruno Panhoca