A infinidade do céu,
Azul, preto, brilhante; efêmero.
A luz da lua nos conecta.
E mesmo conectado com todos,
Somos apenas mais um no meio da multidão,
Ou nada.
O nada que pensa ativamente,
Ou somente observa.
Pequenos filósofos
Transformam cada cabeça
Em um novo mundo,
De infinitude e sem forma.
Afinal, somos movidos pelo ceticismo.
Acreditamos no concreto
Sem darmos vida à imaginação.
Tentam nos mudar…
Mas somos tão fechados em nosso universo particular,
Que esquecemos de olhar com calma ao nosso redor
E ver a particularidade viva de cada coisa.
*
E como o céu, repetimos tudo!
Gestos, ações, atitudes.
Caminhamos sem objetivo,
Repetitivamente.
As vezes enxergamos um escopo,
De forma fictícia.
O pior é que vituperamos o outro,
A fim de encontra-lo.
E aí nos vemos mais uma vez no nada,
Indeterminado e ativo.
Rafael Abrahão